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A Constelação Familiar Sistêmica, apesar de cada vez mais difundida no país, ainda é um assunto desconhecido por grande parte das pessoas. Ao contrário do que se possa deduzir pelo nome, ela não está relacionada ao campo da astrologia ou astronomia. Trata-se de um método terapêutico criado pelo psicoterapeuta e teólogo alemão Bert Hellinger, após uma série de contatos com tribos zulus africanas, no qual, ele passou a estudar os ritos e mitos desses grupos nas questões ligadas a ancestralidade e os benefícios que eles traziam aos seus descendentes.

“Em alemão, o nome do trabalho desenvolvido por Bert Hellinger, numa tradução literal, seria “Colocação Familiar”, mas a tradução para o inglês foi feita de uma maneira equivocada. O termo atual nada tem a ver com estrelas, astrologia, esoterismo ou similares, mas tem uma conotação de uma representação. Por exemplo, quando você olha para o céu e vê as estrelas e planetas, eles vivem em perfeita harmonia. Esse nome constelação acaba significando o equilíbrio de uma forma geral”, explica Luciano Alves, Neuropsicólogo e Master Coach Trainer, Trainer em Constelação Familiar.

Segundo o criador da técnica, hoje com 92 anos e que escreveu mais de 84 livros, traduzidos em 30 idiomas, cada pessoa pertence a uma constelação familiar que se estende ao longo de várias gerações. Além disso, os seres humanos estão energeticamente conectados aos seus antepassados por meio de um campo energético. Essa conexão faz com que os familiares carreguem informações vividas por outros parentes, mesmo que eles já tenham falecido. Sendo assim, a vivência dos antepassados, bem como suas crenças, valores e traumas, forma uma memória que é passada geneticamente para os filhos, netos e bisnetos, influenciando diretamente a vida desses descendentes. Por sua vez, quando esse sistema não está em pleno equilíbrio, os membros passam a enfrentar obstáculos recorrentes, que vão se repetindo e trazem prejuízos nas questões emocionais, afetivas, comportamentais e de relacionamento.

“A técnica traz a possibilidade de as pessoas olharem para a própria história e compreenderem o que está gerando certos bloqueios na vida atual e que não podem ser explicadas somente a partir da história pessoal. Cada um de nós somos como fios de uma rede ligados por laços históricos familiares. Por meio do método é possível identificar claramente os padrões de conduta repetitivos que perduram ao longo das gerações de uma forma inconsciente e que geram dificuldades distintas e em diferentes graus, que vão desde problemas emocionais a doenças físicas e mentais. A constelação revela a origem de um sofrimento e mostra uma forma de solução, permitindo que a pessoa reconecte o seu fluxo evolutivo no sistema familiar”, comenta o especialista, lembrando que a técnica é uma junção de diferentes correntes, entre elas, a psicologia, a psicanálise, a análise transacional, a hipnoterapia e a terapia de sistemas familiares, que, associadas a outros conceitos estudados por Hellinger, foram fundamentais para que se chegasse ao entendimento do método.

Uma série de questões podem ser trabalhadas na constelação, como conflitos familiares entre pais, filhos, irmãos, tios ou avôs; questões entre casais; dificuldade em lidar com perdas de parentes, pessoas queridas ou parceiros; problemas de saúde ou financeiros; dificuldade em se comunicar, tomar decisões e até conflitos dentro do mundo empresarial entre sócios, funcionários e clientes. A importância e os benefícios da constelação foram, inclusive, reconhecidos pelo poder público. Em março do ano passado, o Sistema Único de Saúde (SUS) colocou a técnica como uma das Práticas Integrativas e Complementares ofertadas nas unidades de atendimento. Além disso, ela também está sendo aplicada na solução de conflitos em demandas jurídicas, especialmente no direito da família. A utilização passou a se oficializar em alguns tribunais, reduzindo drasticamente o número de processos em que não se chegavam a um acordo.

Como funciona na prática a Constelação Familiar

Muitos se perguntam como funciona a constelação familiar. O método terapêutico, criado pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, é indicado para pessoas que estão passando por questões de difícil resolução e que acabam em meio a bloqueios que atrapalham o andamento da própria vida.

Contando sempre com a orientação de um constelador ou facilitador, que é um terapeuta com formação na prática, o trabalho tem duração imprevisível – podendo durar de cinco minutos até horas -, e é feito individualmente ou em grupo. No primeiro método, o atendimento conta apenas com o terapeuta e o cliente, sendo utilizado representações simbólicas, que podem ser bonecos, cartas, entre outros elementos. Com o auxílio da sensibilidade, o constelador identifica, diante do posicionamento desses objetos no campo, onde está o desequilíbrio no sistema familiar. Já a constelação feita em grupo é considerada mais profunda, já que trabalha várias camadas do seu sistema. Durante o encontro, o cliente é convidado pelo constelador a expor o problema que pretende tratar.

A partir daí, passa a escolher desconhecidos da plateia para representar um ou mais membros da sua família, ou mesmo papéis subjetivos, como uma doença ou mesmo a figura de um dinheiro. A constelação toma então seu próprio caminho, com os convidados conseguindo acessar informações inconscientes de cada elemento representado, passando a incorporar os sentimentos dessas pessoas. Todos os participantes são influenciados por esse campo, independente da própria vontade. Segundo Rupert Sheldrake, biólogo e bioquímico que já foi classificado como um dos 100 Maiores Líderes Globais, isso ocorre devido à Ressonância Mórfica. Ele defende que indivíduos de uma espécie se encontram unidos em um mesmo campo, o campo morfogenético. Diante disso, há uma memória coletiva a qual todos contribuem e no qual as informações são recompiladas de toda a história e da evolução passada, com cada família tendo sua própria memória coletiva.

“Durante o processo, através de frases curativas e movimentos sistêmicos curativos, ocorre um princípio de liberação, no qual a pessoa passa a compreender melhor e liberar do seu corpo o excesso de responsabilidade e peso. Costumo dizer que uma sessão de Constelação Familiar vale por cinco de terapia”, afirma Luciano Alves, Neuropsicólogo e Master Coach Trainer, Trainer em Constelação Familiar, exemplificando. “Em um conflito entre pai e filho, por exemplo, o cliente escolhe uma pessoa para o representar e a outra para ser o seu filho. Esses representantes, por sua vez, revelam durante a constelação algo que permanecia oculto na consciência do sistema familiar e que acaba ocasionando uma série de dificuldades, que podem aparecer de diversas maneiras durante a vida, seja através da solidão, depressão, da dificuldade em manter um relacionamento, da dependência de drogas ou álcool, entre outras. Ao revelar esses padrões inconscientes é possível encontrar uma solução, desbloqueando e realinhando o sistema”.

O método não se trata de adivinhação e o que acontece no campo nunca parte de uma ideia ou sugestão vinda do terapeuta, que faz pequenas intervenções para favorecer o caminho que conduz a solução. Além disso, as descobertas são ditas de forma direta e nenhuma informação é escondida. Há, ainda, um período de tempo que deve ser respeitado entre uma constelação e outra. Como o processo traz transformações significativa e mexe com a energia do campo morfogenético de todo o sistema familiar, é indicado que a prática não seja repetida em um curto espaço de tempo. O ideal é esperar pelo menos seis meses entre uma e outra.

Fonte: SEGS

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